Entre os dias 15 a 19 de agosto, foi realizada de forma presencial uma nova oficina de capacitação no Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI). Financiada pela Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (FUPAD) e ministrada pelo Instituto Evaldo Lodi (IEL), teve como objetivo fornecer informações e conhecimentos básicos sobre a organização de pequenas e médias empresas (PMEs) com base em conceitos e modelos como o Canvas.
Destinava-se principalmente aos indígenas das etnias Warao, Taurepang, Akawaio e Kariña, que já haviam participado de cursos anteriores promovidos pelo CCFI, como Corte e Costura, Calçados, Panificação, Doces e Salgados e Cabeleireiro, e que mostraram interesse em montar suas próprias empresas.
O grupo foi formado por 17 alunos e um professor do IEL, com o apoio de dois membros da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI).
Resultados Alcançados
- O início de uma mudança na mentalidade dos participantes que passaram a se perceber não apenas como beneficiários e estudantes, mas também como empreendedores.
- Impulsionou a consolidação e fortalecimento dos empreendedores e aspirantes a empreendedores que estão sendo acompanhados pela equipe, e constitui um passo importante nessa trajetória, que continua com a inauguração de um novo espaço de empreendedorismo no CCFI, o Espaço Arintak – Incubadora de Empreendimentos Indígenas.
Quando perguntada sobre sua experiência como docente, a professora Jakeline Rodríguez nos disse que, para ela, “tem sido um privilégio, tanto conhecer o CCFI quanto conhecer esse maravilhoso grupo de empreendedores indígenas que realmente têm um propósito na vida, muito desejo, muita vontade e muita determinação para crescer. Foram 5 dias maravilhosos. E acho que esse tipo de treinamento deve ser contínuo, porque muitos empresários não conseguem desenvolver seus negócios por medo, falta de conhecimento e, muitas vezes, por falta de orientação”.
Finaliza enfatizando: “É por isso que eu aplaudo a iniciativa do CCFI de trazer parceiros para ajudar e trazer ferramentas para cada um dos empreendedores. Podem contar com a Publigráfica 2021 para todos os projetos que a Fraternidade – Humanitária (FFHI) tem para desenvolver o espírito empreendedor”.
Perguntado sobre sua experiência e sua vivência durante o curso, o estudante indígena Warao Ángel Silva disse que estava muito agradecido porque “como povo indígena, será útil para o amanhã”.
Ángel Silva também agradeceu à Fraternidade – Humanitária (FFHI) porque sempre os acompanha. E ele continua: “Sempre guardaremos esta experiência em nossos corações e mostraremos na rua o aprendizado que recebemos durante esta formação. Continuaremos lá, para garantir que tudo corra bem, porque é o nosso futuro. Primeiro temos que nos capacitar para depois poder executar. Temos que aprender a pensar por nós mesmos e por nossos irmãos e irmãs indígenas e não indígenas e depois colocá-lo em prática, que é o que a família e a sociedade precisam”.