Uma história construída por múltiplas vozes: dos que acolhem e dos que são acolhidos
HERMANOS consiste em uma narrativa plural, construída por meio de relatos de migrantes, refugiados e diferentes integrantes da Operação Acolhida, uma grande força-tarefa humanitária de acolhimento a milhares de venezuelanos, no estado de Roraima e em Manaus.
Dinâmico e envolvente, o documentário HERMANOS – O Brasil na resposta humanitária à crise venezuelana, foi captado no período de janeiro a fevereiro de 2020 pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), e propicia ao espectador um olhar aprofundado sobre esta realidade contemporânea, ainda pouco conhecida por grande parte da sociedade brasileira.
A Fraternidade – Humanitária (FFHI) foi a primeira organização a chegar na região em 2016 para uma missão emergencial e, que diante da contínua demanda, tornou-se uma missão permanente.
As vozes de quem vive essa realidade
De acordo com dados de agências da ONU, mais de 5 milhões de homens, mulheres e crianças deixaram a Venezuela desde 2015, gerando uma das maiores crises de deslocamento do mundo. O Brasil é o quinto destino mais procurado por eles.
Para além dos números, estão pessoas com histórias de superação e esperança. Como Miladys del Carmen, que deixou família, amigos, e tudo mais que fazia parte do seu mundo, percorrendo a pé todo o caminho até o Brasil. Sob a proteção do abrigo onde foi acolhida, e recebendo todos os cuidados necessários, mostra-se grata por conseguir apoio para reconstruir a sua vida e a dos seus familiares, mas ainda sonha com o reestabelecimento do seu país, para que um dia possa retornar à sua pátria.
As vozes que compõem este documentário se entrelaçam: oficiais do exército, voluntários, agentes humanitários, pais, mães e jovens, formando um grande mosaico de pessoas que sonham com um futuro melhor, mais acolhedor e inclusivo, onde haja menos fronteiras que dividam e mais pontes que unam.
Desde o início da Operação Acolhida em 2018, mais de 50 mil pessoas venezuelanas já foram interiorizadas para 600 cidades dos 26 estados brasileiros. É uma resposta humanitária sem precedentes, como citou Áurea Cruz, da ONG Mexendo a Panela. “É um exemplo para o mundo” o fato de que diferentes organizações civis, governamentais, religiosas e agências internacionais, possam unir esforços em prol do bem comum, e juntos, buscar soluções para acolher os irmãos, os “Hermanos” venezuelanos. Juntos somos mais fortes!